Intersecionalidade na Discriminação

             Ao ler o relato de Kimberle Crenshaw, apresentado na aula de hoje, conseguimos perceber como a questão da intersecionalidade acontece na prática. Não podemos mais decompor os diferentes tipos de discriminação, eles precisam ser interpretados em conjunto para vermos uma mudança significativa.


            O fato de pensarmos nos grupos da sociedade separadamente é muito rudimentar e nunca se aplicou à nenhuma realidade, porém só agora estamos dando atenção e buscando mudanças. Ao meu ver, essa é uma luta de todos, independentemente de você fazer parte de um grupo afetado pela discriminação ou não. 



            Eu como mulher, vivencio no meu dia a dia o medo de ser violentada e a certeza de que não receberei a ajuda necessária se algo acontecer. Se eu que sou mulher, mas que sou branca e de classe média, já sinto essa insegurança e vulnerabilidade, imagina as mulheres negras, pobres, portadoras de deficiência e discriminadas por causa da sua idade que fazem parte de grupos sobrepostos, são o maior alvo desigualdade e não possuem representatividade.


O debate sobre a regulamentação dos direitos humanos, que busca reconhecer a importância de todas as categorias de discriminação, está só começando. Temos uma longa caminhada pela frente e eu espero poder ajudar com a minha formação em relações internacionais.


Lívia Gimenez


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